RESPEITAVEL PUBLICO
A Tangará Produções Artísticas convida para um VOO AO AMANHÃ!
Com anos de trabalho voltados a encantar o maravilhar o público com os prodígios da arte circense, estamos agora criando um espetáculo especialmente dedicado às crianças, suas famílias e seus professores.
O VOO AO AMANHÃ é um projeto que pesquisará e criará um espetáculos infantil em torno da capacidade circense para o encantamento, a sensibilização e o desenvolvimento das crianças.
Com muito cuidado e carinho, vamos criar um espetáculo em torno dos mitos e lendas do folclore brasileiro. As lendas de Mani, da Iara, do Caipora, do Boitatá ou Cobra-de-fogo, vão ser juntadas e recriadas por nós em torno da necessidade de proteger os campos, rios e florestas contra os que por ambição os incendeiam, poluem e destroem.
Nosso trabalho será criar e apresentar um espetáculo comunicativo e educativo para as crianças, famílias e professores, com figurinos e adereços maravilhosos, coloridos, muita dança e números acrobáticos, garantindo que o público seja tocado por uma mensagem de proteção aos recursos naturais, às florestas e águas brasileiras.
Aqui no nosso site, educadores, pais, praticantes e amantes da arte circense, poderão acompanhar o passo-a-passo na criação desse espetáculo, conhecendo os desafios que nos colocamos, a criação do roteiro, dos números, dos figurinos e dos cenários. A pesquisa vai explorar aparelhos e números de equilíbrios e aéreos adequados a salas de teatro e barracões adaptados, explorando esses espaços para o desenvolvimento e apresentação da arte circense.
Aqui vamos divulgar e compartilhar nossa pesquisa com artistas circenses e de áreas interligadas, como o teatro e a dança, educadores e arte-educadores. Trata-se de uma reflexão e criação estética priorizando a imagética, a poética e a imaginação da infância. Teremos registro fotográfico e videográfico e matérias jornalísticas relatando o que vamos pensando e criando.
As apresentações do espetáculo terão como público prioritário turmas de crianças de escolas públicas de Londrina, Maringá, Campo Mourão e Apucarana. Vamos acompanhar as suas reações e opiniões e tudo será compartilhado aqui. Desse modo, vamos mostrar o enorme potencial das artes circenses em educar e encantar.
Convidamos você a voar conosco em direção a um futuro com arte, alegria e preservação da vida!
Texto: Valdir Grandini
ESTÁ DADO O PRIMEIRO PASSO NA CRIAÇÃO DO VOO AO AMANHÃ
Respeitável público:
Estamos dando os passos iniciais do projeto VOO AO AMANHÃ, para a criação de um espetáculo circense voltado às crianças, suas família e professores, inspirado nas lendas do folclore brasileiro e na preservação dos nossos rios e florestas.
Nesta foto, reuniram-se no Barracão Tangará, dia 03 de maio, três pessoas com papéis essenciais no projeto:
Pedro Giovanni Queisada, artista circense e produtor da Tangará Produções Artísticas, que no projeto tem o papel fundamental de dirigir a criação dos números circenses em aparelhos diversos, muitos dos quais serão estudados e adaptados para o espetáculo. Pedro é um experimentador incansável e talentoso.
Tiago Marques é graduado em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Londrina - UEL. Sua formação traz alguns anos de pesquisa aliados à formação acadêmica, com incursões em oficinas, treinamentos, workshops e saídas de rua. Assim, alguns de seus números vão nascendo e se moldando à medida que têm seu encontro com o público.
Além de seu trabalho solo, realiza parcerias com outros artistas e grupos. Atua também com o grupo Plantão Sorriso (que realiza visita aos hospitais de Londrina) e é palhaço convidado na Troupe Tangará.
Valdir Grandini é jornalista, poeta, consultor cultural e pesquisador de interfaces entre cultura e educação. No projeto, terá o papel de orientar a pesquisa estética coletiva, criar textos em narrativa poética que entremearão as cenas e números, e também alimentar nossa comunicação sobre o espetáculo aqui no site e nas redes sociais.
A reunião de 03 de maio alinhou a visão de espetáculo a ser criado. Começamos a imaginar quais serão os personagens de nossas lendas que protagonizarão o espetáculo e de como podemos desenrolar a narrativa.
Também começamos a especular possíveis cenários e sua viabilidade, além de elencar referências em que nos inspirar na criação de cenários, figurinos e números circenses. Vamos desenvolver essas possibilidades respeitando o talento central da Equipe Tangará, que protagoniza o espetáculo: misturar danças e números acrobáticos, aéreos e de equilíbrios.
Os próximos passos logo virão, com início de reuniões para pesquisa, estudos e discussão de ideias e com todos os envolvidos no projeto, sempre respeitando protocolos de segurança, em função da pandemia.
Você poderá seguir o passo-a-passo da criação desse espetáculo circense aqui, no nosso site!
VENHA COM A GENTE NUM VOO DA IMAGINAÇÃO
Respeitável Público:
As acrobacias, equilíbrios, palhaçarias, e teatralidade são comuns ao universo das brincadeiras da infância, desde muito tempo e também nos dias de hoje. E são também alimento da arte circense.
Nosso VOO AO AMANHÃ é um projeto estético da Tangará Produções Artísticas, de criar um espetáculo onde a estética circense se encontre com o universo da criança, estimulando a imaginação, a fantasia e a leitura de mundo.
O poeta e educador italiano Gianni Rodari (1920 – 1980), um dos mais reconhecidos pensadores da criatividade, considera que a cultura escolar não deve somente cobrar atenção e a memorização das crianças, mas estimular também a fantasia e a imaginação delas. A imaginação é elemento essencial da vida cotidiana e do desenvolvimento da ciência e da arte.
A criança, ao alimentar a imaginação, aplica-a a nas brincadeiras e formas de relacionar-se com o mundo, alongando seus horizontes. A arte circense, sendo uma arte do maravilhamento, do espetacular e do fantástico, é um terreno fértil para o alimento imaginativo e associativo das crianças.
Ao voltarmos nossa pesquisa criativa para o universo da infância, queremos abrir esse manancial arte-educativo, oferecendo um produto artístico em interação com possibilidades educativas.
Escolhemos como universo temático para a criação do espetáculo infantil os mitos e lendas brasileiros. Tem o Boitatá, ou Cobra-de-fogo, ser mítico que protege rios, campos e florestas. Na imaginação popular, o Boitatá aparece como uma cobra de luz, de fogo, que se movimenta ondulando.
Outro ser mítico do nosso folclore, igualmente protetor das florestas e animais, é o Curupira, de origem indígena e muito forte no imaginário amazônico. É um ser geralmente descrito como tendo cabelos vermelhos e pés ao contrário, muito interessante para uma composição cênica. Há também a Iara, sereia dos rios, protetora das águas e peixes.
Tudo isso é muito inspirador para compor elementos de um espetáculo circense, assim como para despertar o imaginário e a curiosidade das crianças. Enfim, o manancial a ser explorado é lindo e o desafio de tratar esse universo com a arte circense é instigante.
Aqui no site vamos contar o passo-a-passo de nossa da criação do espetáculo. Convidamos você a vir conosco nesse voo de imaginação e criação.
Em 1973, publicava-se, na Itália, um curto e precioso livro, “Grammática della fantasia”, de Gianni Rodari (1920 – 1980). No Brasil, Gramática da Fantasia chegou em 1982, publicado pela Summus Editorial. Em 2023 o livro do poeta-educador fará 50 anos. Pode parecer que ele esteja um tanto distante da atualidade, nesses tempos acelerados, mas é desafiador sobretudo para nosso tempo.
Um dos textos do livro “Imaginação, criatividade, escola” está inspirando a Tangará Produções Artísticas, no projeto “Voo ao Amanhã”, onde propomos uma pesquisa e montagem de espetáculo cênico-circense voltado ao público infantil do ensino médio. O livro nos permite um olhar em favor da imaginação e da criatividade, que repercuta no ambiente escolar.
Rodari levanta no texto o problema da cultura escolar tratar a imaginação como um parente pobre, desvalorizado, enquanto realça a atenção e a memorização para apreender o que vem pronto. É uma situação que acaba educando pessoas a imaginar pouco, quando deveriam fazer melhor uso dessa potencialidade que está no universo do artista e do cientista, e pode e deve estar no universo de todos.
Diz Rodari: “... é preciso que a criança, para nutrir sua imaginação e aplicá-la em atividades adequadas que lhe reforçam as estruturas e alongam os horizontes, possa crescer em um ambiente rico de impulsos e estímulos, em todas as direções.”
O educador italiano conferia às fábulas e ao lidar com elas um potencial especial de estímulo imaginoso, que permite, a partir das histórias contadas e inventadas, dirigir a imaginação criadora das crianças em múltiplas direções. Elas, consequentemente, irão aplicá-las sobre muitas experiências.
No projeto Voo ao Amanhã escolhemos o folclore brasileiro como referência para montagem de um espetáculo voltado às crianças. Nele a fabulação terá um tratamento cênico-circense, tendo a história de Mani como centro, rodeada de outros personagens de nossa tradição popular.
Mani é a fábula da indiazinha que deu origem à mandioca, essa preciosidade nutritiva brasileiríssima. É o universo indígena, o universo da floresta e do meio ambiente. É o universo primordial de nossas lendas folclóricas e ao mesmo tempo um dos universos que preocupam o futuro do país e do planeta nos dias atuais. Tudo isso estará na montagem.
Como lembrou outra referência em crítica cultural, o pensador Walter Benjamin, na relação entre os mitos e a linguagem, adentramos as grandes questões da coletividade. São elas que estão na base, não dos destinos individuais, mas das relações vitais. “Não há evento ou coisa, tanto na natureza animada, quanto na inanimada, que não tenha, de alguma maneira, participação na linguagem, pois é essencial a tudo comunicar seu conteúdo espiritual”, disse Benjamin. Esse “conteúdo espiritual” nada mais é que a consciência e mesmo o inconsciente coletivo em relação a grandes questões sociais, ambientais, vitais.
Temos levado adiante nossa pesquisa e montagem ainda dentro do ambiente da pandemia. Mesmo com ela em refluxo, esse é um cenário de mudança e desafios. Enfrentamos as consequências de um período que bloqueou o convívio e acentuou as desigualdades sociais, prejudicando ainda mais a população carente, sem acesso à internet.
Como contribuir para restituir o convívio? Como contribuir para zelar por um futuro mais justo e solidário? Como contribuir com os profissionais da educação com estratégias vivificadoras do ensino?
A nossa resposta é a seguinte: propiciando aos estudantes do ensino médio um caminho de problematização e imaginação, que ajude a guiar um olhar e uma pesquisa sobre o Brasil, seus problemas ambientais e sociais, iluminando-os com os caminhos que nos apontam a tradição cultural. É o que vamos fazer em Mani.
perda da convivência com o meio escolar
5,5 milhões de estudantes no Brasil não tiveram acesso ou tiveram acesso limitado às atividades escolares - A falta de internet é uma das principais razões, já que, sem ela, os estudantes não conseguem acompanhar as atividades de suas casas. No país, 47 milhões de pessoas não têm acesso à internet, segundo estudo do Comitê Gestor da internet no Brasil.
trouxe desafios imensos com questões primárias, sobre, por exemplo, como acessar os estudantes, quais ferramentas estarão disponíveis às escolas e se iremos adaptar as redes sociais para fins pedagógicos.
Os números de São Paulo revelam o dano cognitivo, mas há, também, o decorrente do tempo que os alunos ficam afastados das escolas, que impacta a saúde mental e o desenvolvimento socioemocional dos estudantes. É preciso que, urgentemente, o Ministério da Educação organize, em colaboração com as secretarias de Educação de estados e municípios, uma agenda nacional de enfrentamento à pandemia educacional, em colaboração com a sociedade.